Cenas do Algarve – parte II

Amanhã, num estádio longe de Arouca…

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About Porta 10A

À direita das coisas, Sportinguista convicto, teimoso quanto baste, inventivo, apaixonado, Pai babadíssimo, sempre em família, sempre com Amigos. Adoro artes em especial a fotografia e a pintura. Gostava de ter sido Arquitecto, mas a matemática era tramada. Depois Jornalista, mas não deu. Adoro escrever. Sobre desporto e política, ou sobre uma coisa qualquer. Cristão, crente em Deus, não pratico porque acho que a melhor relação com Ele é directa. Adoro música e existem canções para todos os nossos estados de alma. E isto tudo, sou eu...

4 responses to “Cenas do Algarve – parte II”

  1. José Coelho says :

    Quando é que perdemos o complexo de inferioridade? O que é que isso incomoda o Sporting?
    Se o Arouca, (o único clube a disputar a 1ª Liga, que não tem dívidas e paga os vencimentos aos seus profissionais na hora), que não consegue encher o seu (da Câmara Municipal de Arouca), pequeno campo nos jogos com o Sporting ou Porto e devido ao litigio com a dona do campo nem água quente tem nos balneários e se tem possibilidade de arrecadar de receita num só jogo o que não consegue em todos os restantes, estúpidos seriam se não aproveitassem a euforia dos benfiquistas para salvarem a época.
    E haver sportinguistas a preocuparem-se com isto…
    Eu julgava que este complexo já tivesse abandonado a cabeça de todos os sportinguistas.

  2. Porta 10A says :

    Caro José Coelho,
    Obrigado pela visita e comentário.
    Respondendo ao mesmo, não tenho qualquer complexo de inferioridade relativamente ao assunto nem creio que nenhum Sportinguista deva ter. O que eu acho que todos temos que fazer, é mostrar a nossa indignação, protestar contra mais esta mentira do futebol português e, como BdC muito bem tem feito, lutar pela verdade desportiva.
    O argumento que apresenta não sustenta o que foi dito pelo presidente do Arouca: a questão era a vergonha de receber o Benfica sem que houvesse água quente para o banho dos meninos. A eventual receita que é, ninguém duvide, a principal razão, não fez parte do argumentário apresentado para mudarem o jogo para Aveiro. E falando em estupidez, não queiram fazer dos outros ( nós ) estúpidos. Vou re-apresentar os argumentos anteriormente escritos a um Amigo meu, benfiquista e que traduzem a minha opinião sobre o assunto:
    Facto 1 – o problema data de 23 de Fevereiro, dia seguinte ao Braga vs Arouca altura em que, segundo o presidente do clube, o edil cortou o gás
    Facto 2 – depois dessa data, o Arouca jogou 3 vezes em casa com Académica, Olhanense e Vitória de Setúbal
    Facto 3 – os jogos acima mencionados foram jogados em Arouca, havendo ou não havendo gás para aquecer a água. Porventura os jogadores das 3 equipas mencionadas só tomam banho com água fria. Os vossos só com ‘ água quente, se não era uma vergonha ‘
    Facto 4 – os arouquenses gostariam que o clube da terra jogasse em casa. Não sendo muitos, só alguns farão os 70km até Aveiro.
    Facto 5 – a metade do caminho, fica Oliveira do Hospital onde existe um estádio que podia ser utilizado e que tem 15.000 lugares
    Facto 6 – se consultares o site oficial da Liga constatarás que, nesta época e até à data, o teu clube não é o que tem mais assistências fora, pelo que os 15.000 lugares eram mais que suficientes
    Facto 7 – sendo o jogo em Aveiro, os teus ( do Benfica ) adeptos do Porto, de Braga ( ui de Braga ), de Aveiro e arredores, mais facilmente se deslocarão a esta cidade do que a Arouca pelo que, considerando as vantagens financeiras que o presidente não quer admitir que terá, o argumento do gás não cola
    Facto 8 – o Arouca vai perder um jogo em casa, como toda a cidade perde. O negócio local não irá beneficiar da presença dos vossos adeptos e de todo o dinheiro que se gera nestas ocasiões
    Facto 9 – os adeptos benfiquistas ficam a ganhar, logo o clube fica a ganhar em apoio
    Facto 10 – seguramente e para o benefício do Arouca e dos seus adeptos, haveria forma de resolver a questão. Ou achas que o aluguer do estádio de Aveiro será mais barato?
    Conclusão: mais um caso para o futebol português em que o benefício não é claramente para os da casa.
    Tendo escrito isto tudo, acrescento: há verdade desportiva nisto? Servirá o caso para que no futuro se façam mais destas? Não é o clube envolvido reincidente neste tipo de comportamentos ( Algarve, Belém )? Não são os estádios das equipas homologados para as competições? Não existem regulamentos?
    Finalmente, estas coisas deverão fazer parte dos valores que defendemos, não das preocupações. A questão é que, no nosso futebol, ‘ no pasa nada ‘ e lá se vai cantando e rindo, assobiando para o lado e achando que nada é preocupante. Já para não falar da diferença de tratamento entre uns e outros…
    … pois está visto que ‘ o pequeno campo ‘ ( ou batatal como foi o caso no dia em que o Sporting lá jogou ) só serve para alguns. Os outros, com batatas, com dimensões mínimas, sem água quente lá terão que jogar em Arouca!
    Saudações Leoninas e volte sempre
    Marcelo Silva

    • José Coelho says :

      Sem entrar em polémica, o comentário referia as questões, algumas existentes entre a Autarquia de Arouca e o clube da terra e que não se limitam só ao corte da electricidade. Referia da mesma maneira a receita que o Arouca iria arrecadar, aliás o motivo principal da mudança. Trocar Aveiro por Oliveira do Hospital, não cola. Considerando os 15 mil lugares, seriam sempre metade daquilo que poderiam conseguir. Relativamente ao adeptos que os 3 clubes grandes arrastam nas visitas aos clubes adversários, não entrando nesta matemática os jogos entre eles, como é óbvio, é reconhecido que normalmente o Benfica é campeão. Aliás os números abaixo são como o algodão.

      Benfica Sporting Porto
      Académica 8551 14194 4562
      Arouca 28200 4580 4892
      Braga 18360 15716 12807
      Estoril 5015 5020 4689
      Guimarães 20576 14812 15505
      Maritimo 4338 4600 4532
      Nacional 5142 3060
      Olhanense 6423 10148
      P.Ferreira 5982 4155 6218
      Setúbal 4415 11136 6219
      Rio Ave 6023 4995 3896
      Belenenses 10118 9245
      Gil Vicente 8792 9052 4872
      131935 98408 80497
      116675 (total s/ Belenenses e Nacional)

      Cumprimentos e boa sorte até final da época.

  3. Porta 10A says :

    Caro José Coelho,

    Mais uma vez obrigado pelo comentário.

    Os dados de assistências fora que referi, à data do post, foram retirados do site oficial da Liga e davam ‘ vantagem ‘ ao SCP neste particular. Se hoje estão diferentes não sei, até porque a sua relevância no todo, é mínima.

    Os problemas do clube com a Autarquia são exteriores à competição e deverão ser tratados em sede própria. Foram colocados em 1º plano como desculpa para uma decisião que já estava tomada. E seria preferivel, quanto honesto, terem dito que assim era.

    Mas do seu comentário retiro e desculpe-me se estou errado, que tudo isto é normal, justificável com a receita. Tudo o resto é acessório ainda para mais numa competição que, como sabemos, é tudo menos justa e bem organizada.
    Se todos os fins justificam os meios, não faltarão clubes a utilizar o mesmo expediente pois fez-se jurisprudência sobre o assunto.
    E também faz ‘ pouco caso ‘ do que está envolvido nesta questão, pois às muitas perguntas apenas ficamos a saber o número de assistências do clube Benfica.

    Sabendo que ganham sempre mais dinheiro com os ‘ grandes ‘, porque é que não tiveram a mesma peregrina ideia de jogar em Aveiro com Sporting e Porto? Sempre ganhavam mais…

    E será que os ‘ grandes ‘ não tiram benefício em jogar em campos maiores, melhor cuidados e com 3 ou 4 vezes mais assistência?

    Já agora fico curioso para saber onde o Arouca irá receber o Gil Vicente na 29ªJornada??? Da mesma forma, se o dinheiro entretanto ganho em Aveiro, servirá para pagar a conta do gás…

    O algodão pode não enganar nos números, engana é em muitas outras coisas. O problema é quando o passamos em determinados sítios e vemos a porcaria que de lá sai.
    E então na Liga… ou melhor, no futebol português em geral…

    Cumprimentos,
    Marcelo Silva

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